A atividade permanente faz com que todos se dediquem com frequência à produção de texto
Com a proposta, a professora pôs em jogo uma tarefa permanente de escrita, algo valioso para formar escritores competentes e identificar as necessidades de aprendizagem de cada aluno. A escolha do gênero foi um acerto para fomentar o prazer por redigir, segundo Cláudio Bazzoni, assessor de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. "No diário, é possível relatar vivências, sonhos e o que mais der vontade. É um gênero com grande liberdade estrutural", ele explica.
As crianças adoraram a ideia e logo surgiu o Diário de uma Princesa, de Julia Marçole de Oliveira Cunha, 10 anos, entre outros. Simone explicou que todos deveriam escrever pelo menos uma vez por semana, e que ela analisaria os registros para ajudá-los a produzir cada vez melhor. Quem quisesse poderia ler os textos para os colegas às segundas-feiras.
Antes de a turma começar, Simone apresentou o filme Diário de um Banana (Thor Freudenthal, 94 min, Fox Filmes, tel. 11/2505-1746) para que quem ainda não tivesse lido os livros conhecesse a história. Usando os livros dos alunos como apoio, ela organizou um debate em sala para que as crianças conversassem sobre o personagem e a forma com que ele organizava o diário. Também é de grande valia apresentar outros textos da mesma natureza. Selecione diversos autores e estilos para que todos possam se apropriar do gênero. Uma recomendação é a série de livros O Pequeno Nicolau (René Goscinny, Ed. Martins Fontes, tel. 11/3116-0000). "O professor também pode escrever um diário para ler para os alunos. Além de se aproximar da classe, contar um pouco sobre ele é uma forma de apresentar novos caminhos e possibilidades de produção textual para a criançada", explica Bazzoni
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