TORNEIRAS FECHADAS Projeto criado pela equipe de Noêmia da Silva Marangoni mudou os hábitos e acabou com o desperdícioFoto: Rogério Albuquerque
Hoje, temos muito a contar. As mangueiras usadas para lavar o pátio e regar o jardim e a horta ganharam bicos econômicos, reguladores de vazão. Na cozinha, mostramos aos funcionários que não há a necessidade de a torneira permanecer aberta enquanto se passa detergente nos pratos e talheres. A água da piscina de plástico, antes jogada fora, passou a ser usada para regar as plantas - aliás, com os regadores que as próprias crianças fizeram com embalagens de amaciante de roupa.
Montamos juntos, gestores e professores, atividades para envolver os alunos com a questão. Planejamos peças de teatro, rodas de leitura e textos, tudo com base nas pesquisas que as turmas fizeram sobre a importância da água para a vida. O produto final - um livro ilustrado - foi disponibilizado também aos pais, que passaram a participar do movimento, economizando água em casa.
Resultado: reduzimos em cerca de 70% o consumo de água da escola (de 175 mil litros por mês, em 2006, para 51 mil litros no ano seguinte). Por isso, ganhamos um prêmio em dinheiro da Secretaria de Educação - já investido na revitalização do jardim e da horta. Mas o mais importante foi a cultura de combate ao desperdício que criamos. Certo dia, ao observar a escovação de dentes das crianças, vi uma chamando a atenção de outra porque a torneira estava aberta. Foi quando tive certeza de que ocorrera a mudança de hábitos e de que o trabalho tinha dado resultados."
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